quinta-feira, 26 de abril de 2018


Por Tatiana Portela

Com menos de 200 quilômetros de largura por mais de 4 mil de comprimento, o Chile são vários países num mesmo. Se no Norte está o deserto mais seco do planeta e ao sul, a Patagônia congelante, no centro está a capital, Santiago, e outros tesouros escondidos entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico. Escolhemos este trecho para começar nossa viagem pela terra de Pablo Neruda e Gabriela Mistral.


Santiago do Chile está situada dentro de um vale, o Vale Central, de onde se vê a cordilheira de qualquer ponto, desde que o dia esteja sem nuvens e o ar, não muito poluído. No centro da cidade passa o rio Mapocho, com um volume de água baixo, mas com correnteza muito forte, A explicação para isso é que as águas vêm de longe, e descem com velocidade do alto da cordilheira.

O rio Mapocho, que corta a cidade: pouca água e muita correnteza

Fomos em abril de 2018 e o clima estava perfeito: nem frio nem quente. Era outono e a seca na cidade, segundo os moradores, perdurava há sete anos. Nos contaram, com certo exagero, que em Santiago chove apenas quatro dias por ano. Portanto, a primeira dica importante para quem for visitar a cidade é: levar hidratante para o corpo e beber bastante água durante os passeios.

A água de Santiago, aliás, é 100% potável. Isso significa que se pode beber água da torneira tranquilamente, apesar de que no início vai-se estranhar o sabor, um pouco “salobra”. Ao tomar banho, a sensação da água também é sentida de imediato: o sabonete e o xampu não fazem espuma e fica-se com a sensação de que o banho não foi bem tomado. Nada que não dê para se acostumar rapidinho. Afinal, há coisa muito mais importante para se fazer em Santiago!

Passeios em Santiago


Alugamos um apartamento de dois quartos pelo Airbnb e foi a melhor coisa que poderíamos ter feito. Éramos apenas eu e meu pai e a diária custou cerca de R$ 116, com direito a água quente, tevê, wi-fi e camas muito confortáveis, tudo impecavelmente novo e limpo. O endereço, Eleuterio Ramírez, 1.024, bem central, fica perto de tudo. Dá pra ir a pé para a maioria dos pontos turísticos mais relevantes, e também a estações de metrô, padarias, lanchonetes e supermercados. Super recomendo!

Nosso endereço na zona central da capital chilena

A dica do nosso anfitrião foi de pegarmos uma van no aeroporto, da empresa Transvip (a um preço de R$ 35 por pessoa), bem na porta do desembarque. Seguimos as orientações e sem nenhum estresse pegamos a van (era madrugada em Santiago) e ela nos deixou em nosso endereço pelo preço informado.

Uma dica que não posso esquecer de passar é que para entrar no Chile, embora os sites digam que não é necessária a apresentação de passaporte, é preciso apresentar o RG original com menos de dez anos de expedição. Não serve carteira funcional ou de habilitação! Por via das dúvidas, leve o passaporte válido e tudo estará bem!


Plaza de Armas, no centro de Santiago

No primeiro dia fomos conhecer o centro histórico de Santiago, que fica a poucas quadras do nosso novo endereço. A Plaza de Armas foi nossa primeira parada. Cercada de ruas para pedestres, é a praça principal da cidade, onde fica a Catedral Metropolitana (belíssima por dentro e por fora), museus como o Pré-Colombiano (imperdível), restaurantes, estátuas humanas, desenhistas e muita movimentação de pessoas de todas as partes.

Catedral Metropolitana, na Plaza de Armas

Palácio de La Moneda


Uma observação importante: Santiago está entre as 20 cidades mais caras do mundo! Para uma refeição razoável, num restaurante, prepare-se para gastar um tíquete médio de 50 reais. Essa é outra vantagem de se alugar um apartamento: você pode comprar comida no supermercado e economizar uma grana com restaurantes. 

Perto da Plaza de Armas está o Palácio de La Moneda, sede do governo chileno e palco do bombardeio que matou o presidente Salvador Allende no golpe militar de 1973. Com uma arquitetura concreta na forma e na cor, o palácio atrai turistas mais por seu valor histórico que pela própria beleza arquitetônica. Bem na frente da construção, e ao lado de uma fileira de bandeiras chilenas, está a estátua de Allende e os dizeres: “Tenho fé no Chile e em seu destino, 11 de setembro de 1973”.
Escultura de Salvador Allende

Quem quiser visitar o Palácio, há visitas guiadas e uma grande atração, que ocorre dia sim dia não, é a troca da guarda. Não vimos nada disso, por falta de oportunidade, mas visitamos o centro cultural que fica no subsolo do Palácio e vale muito a pena. Quando estivemos lá estava em cartaz uma exposição riquíssima de artistas latino-americanos. Ali vimos muitas crianças, levadas por seus professores, aprendendo sobre a América Latina e as culturas pré-colombianas.
Centro Cultural no subsolo do La Moneda

Mercado Central

Mercado Central

O passeio pelas ruas do centro é bem agradável.Muitas delas são exclusivas para pedestres e são, basicamente, comerciais. O Paseo Ahumada, por exemplo, é uma dessas ruas, e lá estão as cafeterias conhecidas como “café com piernas”, onde as garçonetes servem com microssaias. Mas, atenção: café que é bom, é bom esquecer! No Chile as pessoas não têm muito costume, como nós, de beber café. Assim, se tem uma coisa difícil de conseguir em Santiago, é um bom café expresso.

No supermercado o café também é caríssimo. Se você for alugar um apartamento, a dica é: leve café na bagagem!

Andando por essas ruas do centro chegamos ao Mercado Central, que fica na margem do rio Mapocho.

No mercado, ponto altamente turístico, pode-se apreciar os peixes chilenos, caranguejos e frutos do mar estranhíssimos para nós que vivemos no Atlântico.

Mas cuidado, os preços são proibitivos!

Frutos do mar


Nos mercados públicos, frutas locais encantam os viajantes









O Mercado Tirso de Molina, atravessando a ponte na frente do Mercado Central, opção mais popular e mais barata
Com tantos pratos desconhecidos, cardápio de difícil escolha

Ostiones, opção de entrada

Se você resistir aos apelos dos empregados dos restaurantes, que ficam implorando que você se sente em suas mesas, atravesse a ponte e procure um lugarzinho para comer no Tirso de Molina, mercado menos turístico onde encontrará deliciosos queijos de cabra, frutas e frutos do mar, além de refeições típicas e muito saborosas.

Pedimos, como entrada, “ostiones” (ostra gratinada), e para almoçar, “chupe de jaiba”, que poderia ser descrito como um “escondidinho de caranguejo”. Mesmo sendo um local bem popular, o almoço, para três pessoas, saiu por mais ou menos R$ 200.

A Estação Mapocho hoje é um centro cultural
Ao lado do Tirso de Molina há ainda um mercado só de flores, o Santa María, e a antiga estação de trens Mapocho, hoje um centro cultural onde são realizadas feiras e exposições de arte.

Vista do alto do morro


Outro passeio bem legal que pode ser feito a pé se você estiver no centro é uma caminhada até o Cerro de Santa Lucía, um morro com lindos jardins em plena avenida principal da cidade de Santiago. É preciso estar em boas condições físicas para subir até o alto, mas a vista vale a pena. No caminho até o topo encontramos um castelo, o Castillo Hidalgo, construído em 1814 como fortaleza; belos jardins onde a população faz piqueniques; e quiosques onde se pode comprar bebidas e lanches.

Entrada do Cerro Santa Lucia
Jardins do Cerro, que fica bem no centro da cidade

Outra vista dos jardins de Santa Lucia

Alto do morro

Painel no Cerro Santa Lucia

E fique tranquilo quanto à segurança. Santiago é uma cidade muito policiada (os carabineiros estão por toda parte) e quase não se ouve falar em violência por lá.


Instrumentos musicais mapuches e roupas de lã

Mercado de artesanato em frente ao Cerro Santa Lucia

Em frente ao Cerro está um grande mercado de artesanato, talvez o melhor – em preço e em variedade – de toda a cidade. Não esqueça de que o Chile é um país caro, e portanto, não vai ser fácil levar lembrancinhas baratas para casa. O forte do artesanato chileno são as joias em prata com lápis-lazúli e em bronze; roupas e bonecos feitos com lã; e peças variadas em palha, madeira e pedra.

Artesanato chileno

Pertinho do Cerro Santa Lucía está a Biblioteca Nacional do Chile (vale a pena visitar o prédio belíssimo em que convivem tradição e modernidade), universidades e centros culturais.

Biblioteca Nacional do Chile
Na biblioteca convivem o antigo e o moderno
Vale a pena visitar a Biblioteca Nacional

Ainda a pé chega-se, por ali pertinho, ao lindo bairro Lastarria, onde há feirinha de artesanato e antiguidades e uma vila de restaurantes aconchegantes onde o visitante até se esquece que está no centro de uma das cidades mais populosas do mundo. E a tradicional sorveteria Emporio La Rosa, onde provamos sorvetes incríveis como o de miel de ulmo (olmo) e de lúcuma.

Lastarria tem seu charme com as ruas cheias de bares e restaurantes
Tem feirinha de artes e antiguidades nas ruas de Lastarria
Difícil é escolher um sabor na Heladería Emporio Santa Rosa

De metrô

Depois de conhecer as redondezas, fomos conhecer alguns lugares mais afastados. Nada é difícil em Santiago, já que a rede de metrô é bastante eficiente e nos leva para todas as partes. Basta olhar no Google qual a estação de metrô mais próxima, e chega-se rapidinho a qualquer ponto da cidade.

O Cerro San Cristóbal fica dentro do Parque Metropolitano
Para subir o morro, uma das opções é o funicular
Do alto do cerro tem-se uma linda vista da cidade
A vista do alto do Cerro San Cristóbal
O Cerro San Cristóbal foi um desses lugares. Fica bem perto da estação Baquedano (linha 1). Você salta do metrô e atravessa a Praça Itália, passando por uma rua lotada de barzinhos e restaurantes até chegar ao Parque Metropolitano, onde está o Cerro. Para subir ao topo é aconselhável pegar o funicular, pois a subida é gigante. No meio do caminho fica o Jardim Zoológico de Santiago e se você estiver com tempo, pode ser uma boa opção de passeio. Lá em cima, no alto do Cerro, tem-se uma bela vista da cidade e uma imagem de Nossa Senhora, que atrai milhares de fiéis nos dias santos.

Há muitos lugares transados para se tomar uma bebida
Sangucheria é onde se vendem sanduíches
Atenção! Para quem tem disposição, é possível subir o Cerro a pé. Outra opção é o Teleférico de Santiago, que pode ser usado tanto na descida quanto na subida, cruzando um trecho de 4,8 quilômetros pelos ares.

Bellavista é outro bairro boêmio de Santiago


No pé do Cerro San Cristóbal está o bairro boêmio Bellavista, que vale a visita, e o Pátio Bellavista, um shopping center aberto com diversas opções de restaurantes e bares. Do Parque Metropolitano também dá para conhecer, a pé, uma das casas de Pablo Neruda, conhecida como La Chascona, que hoje funciona como museu sobre o poeta mais famoso do Chile.

La Chascona era a casa de Neruda em Santiago
Outro ângulo de La Chascona

Santiago 360º

Sky Costanera, o mirante mais alto da América Latina
O mirante fica no topo do edifício de 61 andares

Para ver a cidade de Santiago, com a cordilheira ao fundo, em 360º, o ideal é subir no prédio mais alto da América Latina, o Sky Costanera, que fica próximo à estação de metrô Tobalaba. O edifício, onde funcionam também shopping center e escritórios, tem 61 andares e o mirante fica no topo, a 300 metros do chão. Pagando um ingresso equivalente a R$ 50 por pessoa, você chega em menos de um minuto por um elevador ultrarrápido, a uma vista exuberante da cidade. Vale a pena, especialmente se você for no finzinho do dia, quando o sol estiver se pondo.

Uma das vistas do Sky Costanera








Los Dominicos

Pueblito Los Dominicos

Artesanato em Los Dominicos
Lojinha de luminárias em Los Dominicos
Saltando na estação Los Dominicos (última parada da linha 1), você vai chegar nesse local, que é uma espécie de convento, com uma igreja e uma vilazinha de artesanato bem aconchegante. Ali você pode experimentar uma empanada, prato típico chileno semelhante a um pastel de forno, e aproveitar para admirar as cerâmicas e peças artesanais feitas pela população local.


Museu da Memória e dos Direitos Humanos


Imperdível, o museu é bem chocante
Os capítulos da Declaração Universal dos Direitos Humanos no muro do museu
Um capítulo à parte de nosso passeio a Santiago foi o Museu da Memória e dos Direitos Humanos (estação Quinta Normal, linha verde do metrô). Em três andares de um prédio moderníssimo, cuja arquitetura se assemelha à de Oscar Niemeyer, o museu tem um acervo impressionante de imagens fixas e em movimento tanto do golpe militar chileno, de 1973, como de outros momentos políticos de violação dos direitos humanos pelo mundo afora.

É impossível sair ileso de uma visita àquele museu. Há cartas enviadas por crianças aos pais desaparecidos durante a ditadura, filmes em que vítimas de tortura detalham os piores momentos vividos no cárcere, objetos deixados pelos executados nos locais em que viveram, documentos, fotos, cartazes e muitas velas acesas.

Uma das coisas que mais nos impressionaram foram as cenas do bombardeio aéreo do Palácio de La Moneda no dia em que os militares tomaram o poder no Chile e que matou o presidente Salvador Allende. Tudo filmado, inclusive as pessoas nas ruas correndo e apanhando dos milicos. O primeiro andar inteiro do museu é sobre o dia 11 de setembro de 1973.


Ao chegar na estação de metrô Quinta Normal, para visitar o museu, uma boa pedida é conhecer antes o Parque Quinta Normal, que além de ter árvores belíssimas, tem também pedalinho e vários museus, como o de história natural, ciência e tecnologia e museu infantil.

Passeios fora de Santiago


Como comentei anteriormente, o Chile pode ser dividido em três partes totalmente distintas que deveriam ser visitadas isoladamente e com a mesma atenção. No nosso passeio à região central do país, escolhemos três destinos para dar uma fugidinha da capital: Valparaíso, Viña del Mar e Cajón del Maipo. As duas primeiras ficam na região litorânea, à beira do Oceano Pacífico, e a outra, na Cordilheira dos Andes; paisagens totalmente diferentes com uma diferença de menos de 200 quilômetros entre elas.

Valparaíso


Vale de Casablanca, no caminho para Valparaíso

Charmosíssima, Valparaíso lembra um pouco Olinda, com suas ruas estreitas, antigas e ladeirosas. Ali também há arte em toda parte, com muitos murais pintados pelos artistas locais, e uma arquitetura única no mundo, feita em zinco (resistente à maresia) e pintada em cores diversas. Há áreas, como o Cerro Alegre, que são tombadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade e hoje são parada obrigatória dos turistas que vão a Valparaíso, com muitas lojinhas e barzinhos legais.

Casinhas coloridas de Valparaíso







No total são 43 morros, todos de frente para o mar, formando uma paisagem colorida e bem simpática nas encostas de Valparaíso. Para subir a determinadas áreas é necessário pegar um ascensor, o que por si só já é um programa turístico dos mais procurados, por serem elevadores antigões, parecidos com funiculares.



Conhecida como a “Joia do Pacífico”, Valparaíso é sede do Poder Legislativo do Chile e casa da Armada Chilena. Por ser uma cidade portuária importantíssima para o Chile, também tem um centro histórico relevante, muitas universidades, hotéis e restaurantes. É lá também que fica La Sebastiana, outra das três casas de Neruda, que anualmente recebe milhares de visitantes.

Viña Del Mar


Viña del Mar é um balneário turístico


A excursão de bate e volta que pegamos, pela empresa Viaja Brasil/Chile Tour (recomendo!), nos levou a Valparaíso e Viña del Mar, que são cidades vizinhas. A van nos pegou no endereço em que estávamos hospedados e, com uma guia chilena fluente em português, fizemos o passeio, que durou metade de um dia e custou cerca de R$ 100 por pessoa. Toda a comunicação entre a empresa e os participantes das excursões é feita via WhatsApp, por onde eles mandam o horário exato em que passarão em cada endereço, valores, dicas e também fotos do passeio.

Viña del Mar, totalmente diferente de Valparaíso, é uma cidade de praia, com prédios caríssimos na beira-mar, e plana. Como ponto turístico, tem o relógio de flores, construído para a Copa do Mundo de 1962, e a praia propriamente dita, que é bem limpa, tem ciclovias, bares e um mar gelado e forte, impróprio para banho.

Almoçamos no Castillo del Mar, um restaurante com vista para o mar, onde comemos uma lasanha de frutos do mar inesquecível.







Cajón del Maipo
O outro passeio excelente que fizemos com a agência Viaja Brasil foi para Cajón del Maipo, na Cordilheira dos Andes, com parada em Embalse El Yeso, que é uma represa do rio Maipo, responsável pelo abastecimento de 80% da água da cidade de Santiago.

O caminho para o Cajón, pela cordilheira

A van chegou a nosso hotel às 6h30 da manhã. Mesmo já sendo outono, o sol só aparece em Santiago por volta das 7h30, sendo que anoitece, nesta época do ano, lá pelas 19h30. Perguntei ao guia por que o transporte passava tão cedo, já que o destino ficava a mais ou menos 100 quilômetros da capital. E logo entendi: é que o trânsito de Santiago não é brincadeira. Passamos quase duas horas apenas para recolher os demais viajantes em seus hotéis e o passeio mesmo só começou depois das 8h!

Trânsito em Santiago às 8h da manhã

Paradinha para um café antes de seguir para Cajón
No alto da cordilheira, quedas d´água
No topo da montanha, gelo

No caminho para o Cajón del Maipo, que tem esse nome por ser um vale assemelhado a uma “gaveta” (cajón), passamos pela pacata cidadezinha de São José del Maipo e seguimos a cordilheira por paisagens belíssimas. Depois de passar por uma antiga estação de trem, hoje desativada, chegamos a um túnel, o Tinoco, também fora de uso, onde o guia nos fez uma revelação: aquele local é o cenário de diversas lendas de terror e uma história trágica de verdade. Segundo ele, um jovem de 18 anos teria se suicidado dentro daquele túnel e até hoje haveria a tradição de se deixar flores e recordações para ele na saída do túnel.

Atravessa-se a pé o Túnel Tinoco
São 300 metros no escuro, para sentir o mistério do local

A travessia do túnel, de cerca de 300 metros, é feita a pé, para sentirmos a escuridão e o mistério que ronda o local. No fim do caminho nos deparamos com montanhas altíssimas e o pequeno altar onde os passantes deixam suas lembrancinhas para o jovem que se matou no Túnel Tinoco.

Na saída do túnel, um altar lembra jovem morto ali
Os passantes também deixam lembranças para lembrar o suicida

Depois dali, uma longa estrada nos levou cordilheira acima até 2.400 metros de altura, de onde vimos o pico da montanha coberto pela neve eterna e quedas d´água de tirar o fôlego.

Lindas paisagens no alto da Cordilheira dos Andes













Ao longo do passeio há algumas pequenas caminhadas, de até um quilômetro, acompanhando o guia. Nada demais, mas quando compramos o bilhete nos informaram que não haveria nenhuma caminhada de mais de 50 metros. Então, se você estiver com alguém de idade ou com dificuldade de locomoção, é bom ficar esperto!

A parada seguinte, e última do passeio, é no Embalse El Yeso, uma represa de água azul turquesa gigantesca, de onde se tem uma visão realmente espetacular da natureza, com as montanhas ao fundo, e um silêncio cortado apenas pelos sons do condor andino. Para fechar com chave de ouro, as empresas de turismo costumam montar uma mesa de queijos e vinhos, para que os viajantes brindem à magnitude da cordilheira e registrem em fotos a paisagem monumental feita de pedras e água.


A imensidão do Embalse. Meu pai está ao lado da pedra, à esquerda na foto

A água azul turquesa do Embalse El Yeso






O passeio Cajón del Maipo custou aproximadamente R$ 150 por pessoa com os aperitivos incluídos.

OBS: Na região central do Chile há ainda passeios às vinícolas e, no inverno, às estações de esqui.

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